Quando as palavras nao chegam...

Recolhi-me... Desde aquele e-mail que decidi tomar algum tempo para pensar. Nao na minha tristeza ou solidao, como me sugeriste. Esses meus estados de espirito conheco eu... a tristeza, principalmente. Nao sou a pessoa mais triste do mundo, mas sou uma pessoa propensa a acessos de tristeza inexplicaveis e carencia incomportavel.

Eu sou assim, nao consigo ser outra pessoa. Tento conter, tento nao ter tantos acessos assim, mas as vezes nao os consigo evitar. Mas o que te estava a tentar passar como mensagem eram apenas algumas coisas que me estavam a fazer tristes no momento. O nao te ter falado ha muito tempo e o ter vontade de estar contigo. O que te estava a tentar transmitir era a minha tristeza por nao saber quando te vou poder voltar a ver.

Nao era minha intencao fazer sentir-te encurralado, nem o que que que seja que sentiste. Gosto imenso de ti.

Gosto de estar contigo. E acho que a nossa relacao e fantastica... mas nao sei para onde vamos e qual o sentido de estarmos juntos. Gostarmos um do outro nao necessita que estejamos envolvidos romanticamente. Podemos perfeitamente ser apenas amigos... conseguimo-nos apreciar da mesma forma. Ate porque estarmos juntos sem pensar no futuro requer que estejamos juntos com alguma regularidade. Pelo menos a meu ver. A unica forma que a nossa relacao pode ter sentido platonica e se houver planos para o futuro. E isso ambos sabemos que nao ha.

E eu sei que detestas que eu fale sobre isto. Sei que para ti esta e uma conversa circular e sem sentido. Mas para mim e a essencia do que me determina como quero estar contigo, e se vale a pena. Por isso nao te estou a falar. Estou a pensar. E estou a tentar pensar com a cabeca calma e clara. Sem magoas nem zangas. Penso que ainda estou um pouco irritada. Mas estou com imensas duvidas e nao quero tomar nenhuma decisao precipitada.

Por isso, se nao me vires online por algum tempo, nao estranhes. Estou a curtir a minha solidao e tristeza. As vezes (quase sempre) sao as minhas melhores companheiras.