lunedì, settembre 01, 2008

O mundo vai mal

O mundo vai mal, quando até a imperfeicão é algo demais a pedir. Percebi isso quando uma amiga mandou-me um texto com algo que descreve algo que eu quero muito e percebo que não sou a única, e mesmo assim está impossível de conseguir!


"eu queria sair por aquela porta e conhecer alguém. assim, sem
precisar procurar no meio da multidão. alguém comum, sem destaques
evidentes, sem cavalos brancos ou dentes perfeitos. alguém que
soubesse se aproximar sem ser invasivo ou que não se esforçasse tanto
para parecer interessante. alguém com quem eu pudesse conversar sobre
filosofia, literatura, música, política ou simplesmente sobre o meu
dia. alguém a quem eu não precisasse impressionar com discursos
inteligentes ou com demonstrações de segurança e autoconfiança. alguém
que me enxergasse sem idealizações e que me achasse atraente ao
acordar, de camisa amassada e sem dissimular. alguém que me levasse ao
cinema e, depois de um filme sem graça, me roubasse boas gargalhadas.
alguém de quem eu não quisesse fugir quando a intimidade derrubasse
nossas máscaras. eu queria não precisar usá-las e ainda assim não
perder o mistério ou o encanto dos primeiros dias. alguém que
segurasse minha mão e tocasse meu coração. que não me prendesse, não
me limitasse, não me mudasse. alguém com quem eu pudesse aprender e
ensinar sem vergonhas ou prepotências. alguém que me roubasse um beijo
no meio de uma briga e me tirasse a razão sem que isso me ameaçasse.
que me dissesse que eu canto mal e que eu falo demais e que risse das
vezes em que eu fosse desastrada. alguém que me olhasse nos olhos
quando fala, sem me deixar intimidada. que não depositasse em mim a
responsabilidade exclusiva de fazê-lo feliz para com isso tentar
isentar-se de culpa quando fracassasse. alguém de quem eu não
precisasse, mas com quem eu quisesse estar sem motivo certo. alguém
com qualidades e defeitos suportáveis, que não fosse tão bonito e
ainda assim eu não conseguisse olhar em outra direção. alguém educado,
mas sem frescuras. engraçado e, ao mesmo tempo, levasse a vida a
sério, mas não excessivamente. alguém que me encontrasse até quando eu
tento desesperadamente me esconder do mundo. eu queria sair por aquela
porta e conhecer alguém imperfeito, feito pra mim."